Faixa Azul colabora para diminuição de acidentes e resultou em queda nos óbitos de motociclistas

Série Especial de Aniversário da Faixa Azul

O projeto Faixa Azul para motos, que começou na Avenida 23 de Maio, depois na Avenida Bandeirantes, ambas em São Paulo - capital,  e, atualmente em várias vias públicas da cidade, completa dois anos sem registro de mortes de motociclistas.

Implantada, em 25 de janeiro de 2022, como projeto-piloto pela prefeitura da capital paulista, o dispositivo também reduziu a gravidade dos acidentes.

Segundo dados do InfoSiga SP, de janeiro a maio de 2022, 720 motociclistas morreram em acidentes com moto no estado de São Paulo, número 4% maior do que o registrado no mesmo período de 2021, que foi de 691. De acordo com o levantamento, a maior parte dos acidentes ocorreu em vias municipais (58,9%), inclusive na capital, mas nenhuma onde tem Faixa Azul.

A inspiração para a faixa azul paulista veio do país com o maior índice de mortes de motociclistas, mais de 4 mil por ano, a Malásia, primeiro país a ter um corredor exclusivo para motos. Segundo Law Teik Hua, diretor do Centro de Pesquisas de Segurança Viária da Universidade Putra, nos trechos onde as faixas dividem espaço com os carros, o número de acidentes envolvendo motociclistas com vítimas fatais caiu 20%. A capital da Malásia, Kuala Lumpur, tem hoje 120 km de trechos para circulação de motos, e a ampliação continua.

Na avaliação da prefeitura paulistana, os resultados são positivos do modelo brasileiro. Com a Faixa Azul, utilizada por 90% dos motociclistas, houve queda de sinistros com vítimas em 71% no terceiro trimestre de 2022, em comparação com os meses anteriores, caindo de 14 para 4.

Segundo a Secretaria de Mobilidade e Trânsito da capital paulista, outros dados da Faixa Azul foram 119 acidentes no espaço reservado para as motos, dos quais 64 com vítimas leves, sendo 67 feridos e nenhuma morte entre 6 de outubro de 2022 e 3 de outubro de 2023. Esta estatítistica é bem diferente das anteriores, quando não existia à Faixa Azul e a maioria dos acidentes resultavam em óbitos.

Atualmente, projeto segue em expansão e deve alcançar os 200 km até o fim desse ano.

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