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Motofrete Brasil Violência urbana

Entregador, no exercício da profissão, leva tiro de PM em mais um episódio lamentável de violência

Trabalhando de sol a sol ou em tempos de chuva, seja durante o dia ou à noite, os entregadores do setor de delivery do motofrete têm sido vítimas de agressão física, discriminação e abuso de poder, como citado na reportagem abaixo.

05/03/2024 16h12 Atualizada há 6 meses
Por: Jornal A Voz do Motoboy Fonte: Jornal A Voz do Motoboy
Divulgação - imagem redes sociais
Divulgação - imagem redes sociais

O entregador Nilton Ramon de Oliveira, de 24 anos, foi baleado na coxa nesta segunda-feira (4/3), na zona oeste do Rio de Janeiro, pelo PM identificado como Roy Martins Cavalcanti, que prestou depoimento na 30ª DP (Marechal Hermes), sendo liberado logo em seguida.

Nilton passou por cirurgia e segue internado em estado grave no Centro de Tratamento Intensivo do Hospital Municipal Salgado Filho, no Rio.

Esta é a situação que não deixa dúvidas sobre a discriminação que os entregadores estão sujeitos. O agressor é liberado enquanto o trabalhador está na UTI.

É um cenário autêntico de injustiça porque fica uma pergunta: e se o entregador é que tivesse atirado nas mesmas circunstâncias no PM? Fácil responder que seria a cadeia o lugar que estaria. 

Segundo testemhunhas, durante a entrega, Roy exigiu que o entregador entregasse o lanche no apartamento, o que foi negado.

Mesmo explicando que os profissionais de entrega por app não são obrigados a subir até o apartamento dos clientes, os dois começaram a discutir, primeiro pelo aplicativo de entrega e depois, no local de onde saiu o pedido, porém, com Roy já armado e que, em posse da arma, deliberadamente disparou a queima-roupa no entregador.

Esse é mais um episódio lamentável de agressão física, abuso de autoridade e violência sem sentido, pois o trabalhador estava em pleno exercício da profissão e que de fato, não o obriga subir até o apartamento. 

Segundo o presidente do SindimotoSP e da Febramoto, Gilberto Almeida dos Santos, o Gil, o trabalho do profissional motociclista e ciclista termina no portão com a entrega da mercadoria e o recebimento da prestação de serviço que o cliente contratou. “Do portão para dentro, é obrigação do cliente ou do prédio a logística da entrega porque é outro tipo de prestação de serviços”, afirma Gil.

Tanto os entregadores por app quanto os motoboys que trabalham em regime de CLT concordam com a afirmação do presidente do sindicato dos motoboys porque alguns prédios tem muitas torres e o tempo gasto ali dentro acaba deixando entregas por fazer, o que afeta no ganho mensal dos trabalhadores. Sem falar que, caso aconteça algo, é sempre o entregador que tem culpa.

Especialistas de segurança também entram na defesa dos motociclistas e ciclistas e afirmam que o melhor é o próprio morador ir até o portão e receber a encomenda através de abertura própria para esse fim, e evitar que assaltantes que usam uniformes de entregadores pratiquem roubos.

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