Empresas de app querem continuar explorando entregadores com uma remuneração mínima de R$ 17 por hora trabalhada, representantes dos trabalhadores rechaçam essa ideia

Os representantes dos trabalhadores querem valor maior, direitos trabalhistas e intermediação do governo federal mais efetiva, dura e convincente.

Num olhar mais de perto, a impressão é que as empresas de aplicativos estão acima da lei. E é sim, essa visão que os representantes dos trabalhadores que estiveram nas reuniões do Grupo de Trabalho (GT) - que em 2023 tentou acordo para regulamentação das entregas por aplicativos - percebem diante da falta de comprometimento delas em assumirem responsabilidades social e trabalhista.

Especialistas do Direto do Trabalho concordam e ressaltam que, atualmente o Supremo Tribunal Federal (STF) ao derrubar sentenças favoráveis julgadas em todas as instâncias do Judiciário Trabalhista, beneficia empresas de aplicativo e nega aos trabalhadores, justiça.

O SindimotoSP, a Febramoto e o Conselho Nacional dos Sindicatos dos Motoentregadores, Entregadores, Mototáxistas e Ciclistas profissionais, entendem que as empresas encontraram brechas nas leis e passam por elas não sendo sequer fiscalizadas, o que contribui para o enriquecimento bilionário delas em cima do trabalho dos profissionais do motofrete.

Os representantes dos trabalhadores ainda afirmam que o governo federal deve proteger os trabalhadores, cumprindo promessa de campanha feita antes da eleição. Cabe a esse governo atual ser mais duro nas negociações e não deixar que as empresas ditem regras, normas ou valores, tendo como base seus modelos de negócios.

Direitos são direitos e os entregadores merecem respeito, dignidade e melhor qualidade de vida.

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