Os trabalhadores do motofrete são os maiores responsáveis pelos lucros altíssimos das empresas de aplicativos, mas ficam de fora na hora da divisão do dinheiro arrecadado com às entregas que realizam.
As três maiores empresas que atuam no delivery brasileiro estão batendo recordes seguidos de lucro, bem como aumento de investimentos de capital externo, tudo isso devido as entregas realizadas por motociclistas profissionais que, a cada ano, observam suas remunerações salarias baixarem cada vez mais.
Só para ter uma ideia, o iFood movimentou R$ 97 bilhões em 2022, impactando impressionantes 0,53% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Já a Rappi teve receita estimada no ano de 2023 em R$ 2,4 bilhões e espera expansão de 80% em 2024, para R$ 4,3 bilhões.
Já o Zé Delivery, terceira maior empresa de app que atua no país, chega a 5,7 milhões de clientes ativos, encerrou o ano passado com presença em 714 cidades e expansão de 11% no valor médio do pedido. A AMBEV, dona deste aplicativo, não revela dados financeiros, mas especula-se lucro bilionário.
Enquanto estas empresas reinam absolutas e só contabilizam lucros históricos e recordes de faturamento sendo batidos constantemente, os entregadores, principais responsáveis por esse feito, vivem a maior precarização trabalhista da história.
Baixa remuneração, longas jornadas, falta de apoio em caso de acidentes e nenhum direito trabalhista, jogam a categoria cada vez mais para o fundo do poço.
Ano passado, o governo federal mediou um grupo de trabalho para resolver essa situação, o que não foi possível devido a intransigência das empresas de app em reconhecerem que estão explorando os trabalhadores, negando responsabilidade social e oferecendo uma remuneração mínima que não muda em nada a vida dos trabalhadores.
Os representantes dos trabalhadores, através do Conselho Nacional dos Sindicatos de Motoboys, Motoentregadores, Entregadores, Motofretistas, Mototaxistas e Ciclistas Profissionais e a Febramoto, solicitaram reunião urgente com o Ministro do Trabalho Luiz Marinho para dar continuidade à discussão do processo de regulamentação dos trabalhadores de aplicativo do setor de motofrete para que, definitivamente, o processo de precarização promovido pelas empresas de aplicativos no Brasil tenha um fim, trazendo segurança, respeito e dignidade aos mais de 3 milhões de trabalhadores da categoria.
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