Terça, 10 de Dezembro de 2024 20:47
(11) 5090-2240
20°

Tempo nublado

São Paulo, SP

Dólar com.

R$ 6,05

Euro

R$ 6,37

Peso Arg.

R$ 0,01

Motofrete Brasil Desrespeito à lei

Rappi desafia iFood com entregas em 10 minutos; briga entre as duas é antiga e já envolveu até o CADE com denúncias de práticas anticompetitivas

De qualquer forma, ambas empresas desrespeitam a Lei Federal 12.436, que proíbe expressamente o emprego de práticas que estimulem o aumento de velocidade por motociclistas profissionais.

09/05/2024 15h25 Atualizada há 7 meses
Por: Jornal A Voz do Motoboy Fonte: Jornal A Voz do Motoboy
Divulgação
Divulgação

 

Está prometido pela Rappi, ainda esse ano, realizar entregas de qualquer pedido em 10 minutos, num claro desrespeito a Lei Federal 12.436, que proíbe expressamente apressar motoboys ou entregadores.

 

Essa é a forma encontrada pela empresa para desafiar o iFood e conquistar novos clientes. Porém, elas esquecem que, já no ritmo frenético que vive o entregador, a satisfação de novos consumidores ganhos pode resultar em motociclistas profissionais com sequelas ou mortos, com o provável aumento de acidentes que a ação da Rappi trará.

 

A briga entre as duas, por mais clientes, não é recente. Em 2020 a colombiana Rappi moveu processo contra o iFood no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), acusando a concorrente brasileira de desempenhar práticas anticompetitivas.

 

Inclusive, depois da denúncia da Rappi, outras 40 instituições entre plataformas de delivery e entidades que representam o setor de delivery no Brasil também pediram investigações contra o iFood.

 

Segundo o processo na época, o iFood firmava contratos de exclusividade com diversos restaurantes, incluindo cláusula de multa contratual extremamente alta para quem desejasse sair ou trabalhar com outras empresas de delivery.

 

A Rappi argumentou que esses contratos favoreciam o iFood por ter um maior poder de barganha para fechar negócio com as principais e mais conhecidas cadeias alimentícias do Brasil, além de restaurantes, pizzarias, entre outros, tornando assim, consequentemente, a concorrência inviável para outras empresas.

 

Diante de análises sobre os fatos e investigação, em 2021 o Cade proibiu o iFood de celebrar novos contratos de exclusividade e alterar contratos já firmados com restaurantes, numa decisão tomada como medida preventiva pela Superintendência Geral, para analisar mais a fundo as denúncias de medidas anticompetitivas efetuadas pela empresa.

 

A Superintendência Geral constatou então, que a plataforma possuia, naquela ocasião, 75% de participação de mercado e se beneficiava da tática de contratos com exclusividade.

 

Com a saída da Uber Eats do setor de entregas de delivery, em março de 2022, a briga entre Rappi e iFood acirrou-se.

 

Isso, não só deixou preocupado os restaurantes que ficaram entre o fogo cruzado das empresas, mas também os entregadores, porque ambas empresas possuem administrações diferentes, conceitos próprios e algoritmos que buscavam (e buscam até hoje) o que é melhor para elas, em detrimento visível dos trabalhadores.

 

Diante da confirmação da denúncia, em 2023, o iFood foi obrigado a assinar um Termo de Compromisso de Cessação (TCC) com o Cade, para limitar exclusividade com restaurantes, passando a possuir no máximo 25% de seus parceiros vinculados a esse tipo de acordo, além de não ter mais exclusividade com marcas que possuíssem mais de 30 unidades pelo país, entre outras medidas.

 

O TCC contra o iFood foi desfecho de uma série de denúncias de que o aplicativo abusava de sua posição dominante no mercado, impondo contratos abusivos aos restaurantes.

 

Com vigência de 4 anos, os termos do acordo atualmente são monitorados por uma instituição designada pelas empresas que abriram o processo.

 

A lei antitruste aplicada pelo CADE contra o iFood é uma forma legal e jurídica usada em todo mundo para conter ações consideradas restritivas em diferentes mercados. O propósito é impedir a formação de monopólios, permitindo a livre concorrência.

 

Agora em relação a proteção dos trabalhadores, não existe fiscalização preventiva, deixando-os a mercê das empresas de aplicativos que exploram o setor de entregas com motocicletas. Triste sinal dos tempos e retrocesso nas leis trabalhistas que muitos morreram para defender.

 

Sua motoca ZERADA Honda está aqui. Confira!

 

Nenhum comentário
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
São Paulo, SP
Atualizado às 18h08
20°
Tempo nublado

Mín. 19° Máx. 25°

20° Sensação
8.75 km/h Vento
86% Umidade do ar
100% (15.49mm) Chance de chuva
Amanhã (11/12)

Mín. 18° Máx. 24°

Chuvas esparsas
Amanhã (12/12)

Mín. 18° Máx. 22°

Chuvas esparsas
Anúncio