OPAS e OMS afirmam que os motociclistas representam 23% das mortes no trânsito e que excesso de velocidade está, na maioria das vezes, relacionada aos acidentes

As instituições ressaltam que segurança no trânsito diz respeito às medidas tomadas para reduzir o risco de lesões e morte e que, governos federal, estadual e municipal devem trabalhar em conjunto e com apoio de instituições ligadas à segurança viária para reduzir acidentes em curto, médio e longo prazo.

A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), por meio de coordenação e colaboração intersetorial, dizem que os países da Região das Américas precisam trabalhar para melhorar legislações de segurança no trânsito, criando um ambiente mais seguro, acessível e sustentável para os sistemas de transporte, bem como para todos os usuários das vias, em especial os motociclistas, maiores vítimas de acidentes com óbitos. 

Ainda segundo a OPAS e a OMS, a velocidade excessiva contribui radicalmente em 1/3 de todas as mortes que ocorrem no trânsito em países de alta renda e metade delas em países de baixa e média renda.

Desta média geral, mais de 90% das mortes no trânsito ocorrem em países de baixa e média renda. Mesmo em países de alta renda, pessoas de menor nível socioeconômico são mais propensas a se envolver nesses eventos.

As estatísticas de longo estudo ainda apontam que os homens são mais propensos aos acidentes de trânsito, que 73% de todas as mortes nas vias públicas ocorrem entre jovens do sexo masculino com menos de 25 anos.

Nestas ocorrências, o principal item verificado foi o excesso de velocidade. Para cada aumento de 1% na velocidade média produz, por exemplo, um aumento de 4% no risco de acidente fatal e um aumento de 3% no risco de acidente grave. 

Percebe-se um aumento significativo nos acidentes envolvendo entregadores que acabam negligenciando à segurança para bater metas ou ganhar bônus por rota concluída. Como não existe uma fiscalização efetiva nas empresas de aplicativos em relação à Lei Federal 12.436, que proíbe essa prática, cada vez mais, trabalhadores tem suas vidas ceifadas ou ficam com sequelas devido o excesso de velocidade.

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