Cofap dá aquelas dicas da hora que voce precisa para cuidados simples com a motoca e o que fazer para preservá-la

A exemplo dos carros, a moto requer uma série de cuidados essenciais para que sua vida útil seja mantida ou prolongada. É fundamental realizar não apenas as revisões periódicas, como também prestar atenção aos sinais que indicam o desgaste da moto – desde a pintura até o sistema de suspensão.

Além da importância de se constatar eventuais problemas, destacamos o valor positivo de antevê-los e, principalmente, preveni-los. Para isso, a receita é simples: dirigir com cautela e estar sempre alerta.

Então, vamos em frente! Continue a leitura para saber os principais cuidados a serem tomados com a motocicleta.

A higienização é fundamental

Pense na moto como uma extensão do proprietário: se você preza pela sua higiene, faça o mesmo com ela. Claro que com algumas adaptações; afinal, a moto não precisa obrigatoriamente tomar banho todos os dias, por exemplo.

Contudo, à medida que o veículo acumula sujeiras, esses detritos se espalham pela pintura, tornando-a esbranquiçada, o que pode enferrujar o chassi e contaminar itens de plástico e borracha.

Portanto, se você notar uma quantidade razoável de resíduos, chegou a hora de higienizar a moto. Para uma limpeza eficaz, basta utilizar água e xampu neutro, e a motocicleta estar na sombra com o motor frio.

O intervalo entre cada seção de limpeza depende muito dos locais por onde ela trafega. Em regiões litorâneas ou estradas de terra, após uma semana ou dez dias já costuma ser necessária a limpeza, mas em cidades sem tanta umidade esse prazo se estende.

Troca de óleo

Assim como nos automóveis e veículos de linha pesada, os componentes dos motores das motocicletas atuam conjuntamente muito próximos uns dos outros. Ou seja, essa intensa atividade causa constante atrito entre elas.

Para conter os efeitos nocivos desse desgaste no motor, é necessária uma lubrificação correta das peças, acompanhamento regular do nível do óleo e a troca nos intervalos recomendados pelo fabricante são requisitos muito importantes para evitar danos e o travamento do motor. Lembrando que, ao substituir o óleo, também é preciso trocar o filtro.

Lubrificação da corrente

Igualmente importantes são os kits de transmissão. Compostos por coroa, pinhão e corrente, eles transferem o torque da caixa de câmbio para a roda motriz. Também conhecido como relação final, é o sistema que apresenta o maior desgaste e, assim, requer atenção e cuidados com a manutenção.

Assim, a lubrificação da corrente deve ocorrer em intervalos bem menores do que a troca de óleo – de preferência toda semana, ou após a lavagem e dias chuvosos -, utilizando produtos de qualidade desenvolvidos para essa finalidade, com o objetivo de preservar a vida útil da corrente, da coroa e do pinhão.

Além disso, é preciso ficar atento à sua regulagem, mantendo a folga da corrente indicada pelo fabricante da moto. Os principais sinais que indicam que pode haver desgaste do kit de transmissão são ruídos excessivos, corrente frouxa e desgaste dos dentes da coroa ou do pinhão.

Calibragem dos pneus

Os cuidados com a moto também implicam, é claro, a calibragem dos pneus. A exemplo dos demais componentes, eles possuem prazo de validade, apresentando desgaste com o passar do tempo.

Caso você note a presença de rachaduras, chegou a hora de trocá-los. Vale destacar que moto parada também danifica os pneus – novamente, tal qual acontece com as outras peças.

Se você roda constantemente, faça ao menos uma calibragem por semana, e lembre-se de que ela deve ser realizada com os pneus frios. Também não se esqueça de respeitar a recomendação do fabricante na hora de enchê-los. Em outras palavras: nem pneu murcho, nem cheio demais!

Cuidados com a moto: atenção à suspensão

A suspensão da moto tem a função de amortecer as vibrações ocasionadas pelas irregularidades do solo, proporcionando maior estabilidade e conforto ao condutor.

Até aí, nada de diferente em relação aos automóveis e veículos pesados, mas, no caso das motocicletas, estamos falando de duas rodas em contato com o piso, e não quatro. Isso, naturalmente, significa maior propensão à instabilidade, a depender do movimento realizado.

Via de regra, a revisão da suspensão deve ser feita a cada 10.000 km rodados, com atenção especial aos amortecedores. Será necessário trocar os amortecedores quando houver:

Vazamento de óleo;
Travamento da haste;
Ruptura dos fixadores;
Perda total de ação.

É importante também destacar o tubo interno do amortecedor dianteiro, composto pela mola, válvulas e óleo (chamamos este grupo de ‘conjunto telescópio’). A substituição do tubo interno deverá ocorrer em caso de:

Empenamento;
Desgaste no cromo;
Riscos;
Presença de oxidação.

Fatores como modo de condução, tipo de pista por onde a motocicleta trafega, ausência de manutenção periódica em todo conjunto de suspensão, uso de peças de procedência duvidosa ajudam a diminuir a vida útil de todo o sistema.

Especialmente sobre o modo de condução – algo que depende apenas do piloto – vale reforçar: os cuidados com a moto dependem da cautela na direção. Não exagere na velocidade, sobretudo em pisos irregulares, onde há grande quantidade de buracos, além de lombadas.

Atenção aos freios

As pastilhas e os patins de freio são fundamentais para garantir a segurança do motociclista. Decorrente do uso para o qual são destinados, esses componentes sofrem desgaste intenso e, se não são substituídos ao fim de sua vida útil, podem comprometer o seu funcionamento e a segurança do condutor e passageiros.

O principal sinal de alerta são os ruídos metálicos vindos das rodas. Caso isso aconteça, é recomendado procurar uma oficina de confiança. Confira algumas dicas para preservar e garantir uma maior vida útil às peças:

Verifique e ajuste a folga dos manetes e dos pedais, seguindo as recomendações do manual do proprietário;
Caso a motocicleta seja equipada com freio dianteiro a tambor, observe se o cabo de acionamento necessita de lubrificação ou troca;

Ainda no caso de freios a tambor, confira a regulagem dos freios próxima ao cubo das rodas;

Regule a altura do manete conforme a preferência de quem vai pilotar – há motocicletas que permitem isso;

Verifique o nível de fluido de freio em motocicletas com freio a disco;

Coloque a motocicleta no cavalete central (se possível) e gire as rodas para conferir se há algum empenamento nos discos;

Freios com acionamento “borrachudo” podem ser reparados. Muitas vezes, é possível fazer isso com a sangria do sistema de fluido de freio.

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