Segundo o Indicador de Poder de Compra de Combustíveis, calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas – Fipe com base em dados da PNAD Contínua (IBGE) e do Monitor de Preços dos Combustíveis, do Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, encher o tanque de gasolina comprometeu, em média, 5,9% da renda das famílias brasileiras no primeiro trimestre do ano.
O estudo indicou também deterioração do poder de compra, em cenário atual comparativamente, na média das capitais.
As famílias do Norte e Nordeste brasileiro são as que mais comprometem a maior parcela da renda mensal para encher um tanque de gasolina, em relação aos residentes das regiões Centro-Oeste e Sudeste. Naquela regiões o gasto chega a 7,9%.
Os preços nas bombas variam de R$ 4,97 a R$ 8,00, valor final este em regiões de difícil acesso ou baixa logística de entrega do combustível, como alguns locais do Norte do país, entre eles Amazonas e Pará.
Segindo especialistas na área da Economia, quase a metade do preço que os consumidores pagam ao abastecer corresponde a impostos, como o ICMS, PIS/Pasep e Cofins, que juntos compõem 44% de taxas.
Nesse cenário, a gasolina é uma das vilãs que diminuem o salário final do trabalhador, seguida pela manutenção da moto, investimento em equipamentos de segurança e regularização de documentos.
Os entregadores de aplicativo de delivery, que trabalham em ritmo acelerado de precarização e que atuam de nove a doze horas diárias durante semana de sete dias trabalhados, são os que mais sentem no bolso o valor da gasolina, e se deparam com um cenário praticamente insustentável, direcionando boa parte da renda obtida para abastecer a moto.
Com isso, falta dinheiro para investir em segurança, documentos, mais diversidade de alimentos na despesa mensal e até em opções de lazer com à família.
Uma outra pesquisa recente, feita com base nos dados do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL) revelou que os entregadores gastam, em média, R$ 639 por mês, apenas para abastecer com gasolina, as motos, no Estado de São Paulo.
Para os entregadores que rodam mais e chegam a 200 quilômetros diários, por exemplo, o valor gasto pode girar em torno de R$ 852 mensais ou mais. É obvio que ao rodar mais, o consumo é maior, bem como o desgaste da veículo, sem falar nas condições físicas e emocionais dos trabalhadores que definham dia a dia, levando a outro aumento fatal: o de mortes no trânsito.
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