Ministro Luiz Marinho afirma que iFood, Uber Flash, 99 Entrega e outras empresas de app dificultam regulamentação do setor prejudicando negociações para fim da precarização trabalhista

Nos dias 31 de março e 1º de abril, entregadores em todo Brasil realizaram o Breque Geral reivindicando maior remuneração no valor da entrega e fim das extensas jornadas de trabalho, entre outros direitos trabalhistas, para o iFood, principal alvo das manifestações, porém, Uber Flash e 99 Entrega, assim como outras empresas que exploram e precarizam o setor de motofrete, também foram citadas pelos manifestantes.

Isso tudo acontece por conta das empresas de aplicativos não cederem ou negociarem melhores salários ou direitos trabalhistas para os entregadores. 

Por conta disso é que o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, em evento público na Bahia na quinta-feira (10), culpou estas empresas pelo fato das negociações se arrastarem no ano passado, não seguir em frente agora em 2025 rumo a regulamentação e ainda não mostrarem interesse em resolver a situação.

O próprio ministro salientou que é extremamente necessário que os entregadores pressionem as empresas para voltarem as negociações, dizendo ainda que o iFood, principal alvo das manifestações do Breque Geral, além Uber Flash e 99 Entrega, é que tem dificultado as negociações para um acordo com os trabalhadores.

Marinho disse que o governo intermedia para que as partes conversem entre si para, a partir daí, formalizar um projeto que o congresso analise e regulamente, mas as empresas não cedem ou buscam alternativas para amenizar a precarização

Ainda na ocasião do evento, Luiz Marinho elogiou o movimento de luta da categoria e revelou que o governo federal está estudando outras ações para ajudar os motociclistas, que atuam na área.

"Nós estamos inteiramente à disposição e desejosos que a gente consiga chegar em um projeto que possa enquadrar as empresas, garantir direito aos que trabalham com motos e que os motociclistas possam ter previdência, remuneração adequada e direitos trabalhistas. Tem muita gente com muita dificuldade e estamos debatendo na sequência a ideia de ter uma política de crédito, para que eles possam, quem aluga a moto, poder ter sua própria moto. Tudo isso é um processo de construção, portanto o movimento é muito importante, portanto eu vi com muito bons olhos", finalizou o ministro.

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