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Governo federal aproveita evento público para anunciar novo serviço da Plataforma 99 enquanto questões trabalhistas e de segurança no trânsito são deixadas pra trás 

Para sindicatos, trabalhadores estão esquecidos justamente por aqueles que, em campanha para presidência defenderam o fim da precarização trabalhista.

17/04/2025 07h44 Atualizada há 1 mês
Por: Jornal A Voz do Motoboy Fonte: Jornal A Voz do Motoboy
Divulgação
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Desde as insanas reformas trabalhistas aplicadas nos governos Michel Temer e Jair Bolsonaro, os trabalhadores brasileiros estão de mal a pior. Ainda mais agora, com o Supremo Tribunal Federal (TST) decidindo a favor dos empresários derrubando ações favoráveis aos trabalhadores no Tribunal Superior do Trabalho (TST) em relação ao vínculo trabalhista.

Nessa semana, em evento do governo federal em que a Plataforma 99 esteve com vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, a empresa anunciou novos serviços de entrega e transporte no setor duas rodas.

Agora, a 99 vai explorar, junto com outras empresas de aplicativos bilionárias que atuam no setor, de entregas de comida a transporte individual. 

Sem fiscalização do próprio governo federal, os sindicatos de motofrete afirmam que a precarização vai aumentar e que os entregadores e mototaxistas precisarão trabalhar mais e receber menos, por conta das empresas nos últimos anos apenas diminuírem valores de entregas ou deslocamentos de passageiros.

Na ocasião do evento, Alckmin, disse que o "anúncio de investimentos da 99 no Brasil mostra que o compromisso do presidente Lula com um ambiente econômico estável, em um momento de incertezas no mundo, está gerando resultados positivos para o país”.

Mas, e os trabalhadores, fica à pergunta.

Nos últimos anos, o próprio governo federal não conseguiu resolver a questão da precarização e segue sendo manipulado pelo lobby poderoso das empresas de aplicativos, enquanto os entregadores vivem a maior precarização da história. Aliás, o presidente Lula e o ministro Luiz Marinho afirmaram categoricamente que não descansariam enquanto a situação não fosse resolvida. Pelo que parece, desistiram.

Sindicatos têm dito que o governo federal está sem orientação ou pulso firme para resolver essa questão enquanto as empresas ficam cada vez mais bilionárias e trabalhadores morrem nas grandes cidades devido falta de investimento em segurança no trânsito, como também enfrentam precarização trabalhista, sem direito nenhum, vivendo presos a uma exploração sem precedentes na história do trabalhador brasileiro.

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