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Motofrete Brasil Falta de atitude

Em audiência pública no Senado hoje (6), empresas de apps repetem mais do mesmo e fogem das perguntas de trabalhadores sobre aumento real no valor das entregas

Terminou agora há pouco, audiência pública promovida no Congresso Nacional pela senadora Leila Barros (PDT-DF), com o objetivo de discutir a precarização dos trabalhadores no setor de motofrete, ausência de direitos trabalhistas e exploração de mão de obra.

06/05/2025 17h26 Atualizada há 2 semanas
Por: Jornal A Voz do Motoboy Fonte: Jornal A Voz do Motoboy
Canal oficial Youtube Tv Senado
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O que poderia ser mais uma oportunidade para empresas anunciarem aumento real no valor das entregas ou pagamento de direitos trabalhistas ou cederem benefícios aos entregadores, foi na verdade mais uma oportunidade que aproveitaram para dizer mais do mesmo, repetindo discurso, dados e relatórios que apenas evidenciam a total falta de compromisso social com os trabalhadores que, por sinal, denunciaram mais uma vez, desta vez em pleno Senado, a exploração a qual estão submetidos e a grave situação precária em que trabalham.

Até aqui, as empresas não deram reajustes no valor da entrega - até porque o suposto aumento de R$ 1,00 para motociclistas e R$ 0,50 para ciclistas foi interpretado pela categoria como uma piada de mau gosto - criam sistemas através dos algoritmos que as beneficiam, sempre dizendo que os entregadores estão ganhando mais quando na realidade trabalham horas e horas em cima da moto recebendo menos. 

Os trabalhadores também aproveitaram a ocasião para falar dos acidentes que muitos companheiros estão sofrendo e ficando sem apoio nenhum das empresas, citaram que em outros países, os profissionais de entregas com motos têm conseguido reconhecimento de seus direitos trabalhistas, e que lá, diferente daqui, realmente realizam entregas rápidas como 'bico'. Aqui não, já que a maioria dos trabalhadores ficam, em média, 16 horas fazendo entregas.

Outras questões levantadas pelos trabalhadores é que eles não são empresários, que as empresas de apps devem obedecer às leis trabalhistas e regulamentações do setor, que os rejustes devem ser realizados através de Acordos e Convenções Coletivas, ano a ano, e que devem ser observados urgentemente os itens de segurança e saúde dos trabalhadores, entre outras demandas

Durante a maior parte da audiência, os representantes das empresas repetiram falas que fogem da realidade do entregador, bem como não responderam perguntas dos trabalhadores presentes.

Por fim, a senadora Leila Barros encerrou à audiência pública afirmando que o senado está discutindo essa situação dos entregadores e que projetos de lei estão sendo apresentados para discussão.

Assista na íntegra, essa audiência pública, aqui.

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