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Gigante chinesa de entrega de alimentos Meituan chega com objetivo de competir com o iFood; briga das empresas acentuará precarização no motofrete

Na China, a empresa tem 770 milhões de clientes ativos, mais de 14,5 milhões de restaurantes parceiros e média de 98 milhões de entregas diárias por meio de pedidos online só em 2024.

05/07/2025 19h46
Por: Jornal A Voz do Motoboy Fonte: Redação com agências
Divulgação
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A Meituan é uma empresa que joga pesado onde atua, sendo líder nas entregas feitas por motociclistas na China. Aqui, será intermediada pela Keeta e trará mais concorrência, com possibilidades de reduzir custos para restaurantes e quem faz os pedidos, no caso, consumidores. 

Grande em números e proporções, a empresa atua ainda em Hong Kong e na Arábia Saudita e chega no Brasil com apetite enorme investindo R$ 5,6 bilhões, sendo parte do pacote de parcerias entre Brasil e China, fechado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Porém, se o governo federal acena favoravelmente e abre portas para a Meituan, o setor de motofrete vê com apreensão a vinda da empresa que tem denúncias trabalhistas na China, além de ter pago multa de R$ 2,5 bilhões por abuso de mercado em seu país. A punição foi aplicada pelas autoridades chinesas antitruste após a empresa impor contratos de exclusividade a restaurantes parceiros, restringindo a concorrência.

A preocupação dos entregadores aqui no Brasil é com o crescimento da precarização da atividade, já acentuada pelas empresas de aplicativos que exploram os trabalhadores.

"Estamos vendo mais uma empresa no segmento que provavelmente irá explorar à categoria aprofundando mais ainda a exploração dos motoboys, entregadores e ciclistas profissionais", disse Gilberto Almeida dos Santos, o Gil, presidente do SindimotoSP, da Febramoto e da Confederação Nacional dos Sindicatos dos Motoboys e Motoentregadores.

Em seu país de origem, a Meituan também é alvo de críticas por favorecer péssimas condições de trabalho, ambiente de pressão extrema aos entregadores da plataforma com metas exaustivas, longas jornadas e penalidades por atrasos, tudo isso gerenciado por algoritmos que valorizam produtividade.

Esse cenário precário de trabalho levou os trabalhadores relatarem as autoridades locais, stress, colapsos nervosos e desgaste físico e mental profundo, exaustão crônica, problemas respiratórios e doenças relacionadas ao excesso de trabalho.

Assim como no Brasil a promessa de autonomia e flexibilidade vendida pela empresa apenas esconde uma exploração moderna, evidenciando precarização, ausência de apoio institucional, de autoridades e direitos trabalhistas. 

É bem provável que a competição entre Meituan e iFood, que monopoliza o setor de entregas no território brasileiro, abra de vez o buraco que os trabalhadores já estão e, que de fato, acentue a precarização e perda de direitos trabalhistas.

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